sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SISTEMA IMUNITARIO

O sistema imunológico nos vestibulares 2005.

408. (FUVEST 2005_2) As bactérias podem vencer a barreira da pele, por exemplo num ferimento, e entrar em nosso corpo. O sistema imunitário age para combatê-las.
a) Nesse combate, uma reação inicial inespecífica é efetuada por células do sangue. Indique o processo que leva à destruição do patógeno bem como as células que o realizam.
b) Indique a reação de combate que é específica para cada agente infeccioso e as células diretamente responsáveis por esse tipo de resposta.


409. (UFPEL Verão 2005_2) O CORPO ENSINA A COMBATER O CÂNCER
O corpo humano tem suas defesas, que formam o sistema imunológico. Esse sistema, constituído por diversas células e moléculas que trabalham monitorando constantemente todo o organismo, é ativado por sinais (ou informações) como a morte ou a infecção de células, e a lesão ou a alteração de tecidos. A conseqüência é a geração de respostas imunes, cujos objetivos principais são eliminar os agentes causadores dessas alterações e reparar as áreas danificadas. O câncer é o resultado de modificações genéticas produzidas em células.
Mas, afinal, o organismo pode ou não se defender do câncer? Na verdade, ele faz isso constantemente. Alterações genéticas com potencial para gerar tumores ocorrem diariamente em nossas células, como é mostrado na figura. E o organismo é capaz de detectar essas transformações.


Com base nos textos e em seus conhecimentos sobre imunidade, faça o que se pede.
(a) Justifique por que os linfócitos são considerados as “unidades móveis” do sistema imunológico.
(b) O sistema imunitário apresenta as propriedades de especificidade e de memória. Identifique o modo como essas propriedades auxiliam na imunidade.
(c) No câncer, observa-se o desencadeamento de um tipo de imunidade celular representado pelo número aumentado dos linfócitos T. Indique os tipos de linfócitos T utilizados pelo organismo afetado por essa enfermidade.


410. (UFSC 2005) “Nos últimos 10 anos, os imunologistas realizaram avanços impressionantes no conhecimento sobre a geração de respostas imunes para a defesa do organismo. Um dos resultados mais promissores levou à retomada dos estudos de imunoterapia para controlar o crescimento de tumores.” (Trecho extraído da revista Ciência Hoje, volume 35 (207), p. 28, agosto de 2004).
Com relação aos assuntos citados no texto acima, é CORRETO afirmar que:
01. o corpo humano tem suas defesas, que formam o chamado sistema fisiológico.
02. o câncer é o resultado de modificações genéticas produzidas em células, seja por vírus ou por agentes externos, como radiação ou substâncias químicas.
04. os leucócitos (células brancas) e as hemácias (células vermelhas) são “unidades móveis” que atuam na defesa dos organismos.
08. as células imunes, ricas em lisossomos, penetram nos tecidos de todo o corpo através da intermediação de enzimas especiais que possibilitam a realização do transporte ativo.
16. a medula óssea está envolvida com a produção de células do sistema imune.
32. quando do surgimento de um tumor, células normais sofrem alterações que afetam sua capacidade de divisão.


411. (UF Lavras 2005) Considere as afirmativas abaixo e, a seguir, marque a alternativa CORRETA.
I. Os fibroblastos são células do tecido conjuntivo especializadas na produção de fibras colágenas, reticulares e elásticas.
II. No choque anafilático, os anticorpos produzidos pelos macrófagos fixam-se na membrana do mastócito, provocando liberação de histamina.
III. O tecido adiposo pardo ou multilocular é responsável pela produção de calor, levando ao aquecimento do sangue.
IV. Todos os ossos crescem por proliferação dos osteócitos centrais e por adição de novos osteócitos na periferia pelo periósteo.
a) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.


412. (UFSC 2005) Nos seres humanos, durante e após a gravidez, a relação entre mãe e filho compreende vários aspectos endócrinos e imunológicos. Com relação a estes fatos, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).
01. Durante a gravidez, a placenta permite a passagem de macrófagos, neutrófilos e hemácias maternos para o sangue da criança.
02. A importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida da criança, sob o ponto de vista imunológico, está relacionada à presença de anticorpos no leite materno.
04. O hormônio prolactina, produzido logo após o parto, estimula a secreção de leite e sua produção é mantida pelos estímulos nervosos da sucção da mama pela criança.
08. Os anticorpos maternos, durante a gestação, protegem a criança contra doenças e não podem, em nenhuma situação, causar danos a ela.
16. As hemácias do sangue materno, ao entrarem no sistema circulatório da criança, auxiliam a ação dos anticorpos.


413. (UERJ 2005_2) A função do sistema imunológico é a de defender o organismo contra invasores. Bactérias, vírus, fungos, tecidos ou órgãos transplantados, e mesmo simples moléculas, podem ser reconhecidos pelo organismo como agentes agressores.
A) Os gráficos abaixo mostram a variação da concentração de anticorpos contra um determinado antígeno no sangue de uma pessoa, em função do tempo, em duas condições: vacinação ou soroterapia.


Um dos gráficos mostrados corresponde à variação da concentração de anticorpo antiofídico no sangue de uma pessoa mordida por uma serpente e tratada com uma dose do soro apropriado. Justifique por que esse tratamento deve ser feito logo após a picada do animal e, por que, em casos mais graves, deve ser repetido a intervalos de tempo relativamente curtos.
B) Na eritroblastose fetal, a mãe produz anticorpos contra o fator Rh do filho. A doença só se manifesta, porém, a partir da segunda gravidez. Indique a condição que deve estar presente no feto para o desenvolvimento da eritroblastose em filhos de mulheres que não produzem fator Rh. Explique por que, mesmo nessas circunstâncias, o primeiro filho nunca é afetado.


414. (UFMG 2005) A Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, instituída pelo Ministério da Saúde do Brasil, vem-se revelando uma das mais abrangentes dirigidas à população dessa faixa etária. Além da vacina contra a gripe, os postos de saúde estão aplicando, também, a vacina contra pneumonia pneumocócica. É CORRETO afirmar que essas vacinas protegem porque
A) são constituídas de moléculas recombinantes.
B) contêm anticorpos específicos.
C) induzem resposta imunológica.
D) impedem mutações dos patógenos.


415. (UFRural RJ 2005 objetivas) Observe a figura que ilustra a produção de soros em animais.


Certas substâncias tóxicas, tais como toxinas bacterianas ou venenos de cobras e aranhas, têm efeitos fulminantes no organismo, podendo matá-lo antes que ele consiga produzir anticorpos. O combate ao veneno é feito por meio da injeção de soro; neste caso, uma solução de anticorpos contra veneno de cobras extraídos do sangue de um animal previamente imunizado contra o veneno. A aplicação de soro é eficaz em casos de emergência, mas deve-se evitar tomar o mesmo soro novamente, pois
(a) já foi estimulada a memória imunitária com a primeira aplicação.
(b) basta uma aplicação para conferir imunidade permanente.
(c) não mais seriam reconhecidos pela substância tóxica os anticorpos do soro.
(d) aumentaria o efeito da substância tóxica.
(e) pode desencadear a reação imune contra o próprio soro.


416. (UPF 2005/1) A figura abaixo mostra a cabeça de uma serpente peçonhenta, a cascavel. “Lembre-se: na natureza não há vilões. Não mate cobras simplesmente por estarem vivas!” Elas mantêm o equilíbrio natural, comendo roedores que transmitem doenças e causam prejuízos às plantações e aos cereais armazenados.


Em caso de picada de cascavel, indique a alternativa que apresenta o soro específico a ser tomado.
a) Antiofídico.
b) Antibotrópico.
c) Anticrotálico.
d) Antielapídico.
e) Antilaquético.


417. (UNIFESP 2005) A revista Veja (28.07.2004) noticiou que a quantidade de imunoglobulina extraída do sangue dos europeus é, em média, de 3 gramas por litro, enquanto a extraída do sangue dos brasileiros é de 5,2 gramas por litro. Assinale a hipótese que pode explicar corretamente a causa de tal diferença.
(A) Os europeus tomam maior quantidade de vacinas ao longo de sua vida.
(B) Os brasileiros estão expostos a uma maior variedade de doenças.
(C) Os antígenos presentes no sangue do europeu são mais resistentes.
(D) Os anticorpos presentes no sangue do brasileiro são menos eficientes.
(E) Os europeus são mais resistentes às doenças que os brasileiros.


418. (UFRGS 2005) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que ocorrem. O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Vampiro traz uma informação no mínimo irônica sobre o sangue dos brasileiros. Sabe-se que a produção de certos hemoderivados se vale de material retirado do plasma. O que o relatório mostra é que, enquanto as ...... extraídas do plasma de europeus ficam na faixa de 3 gramas por litro, as dos brasileiros situam-se na faixa de 5,2 gramas por litro. Uma possível explicação é que o brasileiro ......
(Adaptado de: Veja, 28 jul. 2004.)
(A) imunoglobulinas - está exposto a uma maior variedade de organismos patogênicos
(B) hemácias - se alimenta de nutrientes ricos em ferro
(C) albuminas - se alimenta de nutrientes ricos em ferro
(D) albuminas - tende a apresentar o baço com tamanho aumentado
(E) imunoglobulinas - tende a apresentar o baço com tamanho aumentado.


419. (UF Viçosa 2005) Os principais produtos da resposta imune humoral são os anticorpos ou imunoglobulinas. Cada imunoglobulina é constituída de cadeias de polipeptídeos ligadas por pontes dissulfeto (S), conforme a representação abaixo. Os números I, II, III, IV e V indicam componentes ou regiões básicas dessa molécula.


Assinale a alternativa CORRETA:
a) As cadeias pesadas estão indicadas por III.
b) Uma das cadeias leves está indicada por V.
c) O sítio de ligação dos antígenos está indicado por II.
d) A região constante está indicada por I.
e) A região variável está indicada por IV.


Respostas, com comentários.

408. a) A reação inicial, inespecífica, é ralizada pelos neutrófilos do sangue. Eles deixam os capilares por diapedese, dirigem-se ao tecido lesado e infectado e, por fagocitose, englobam aos microorganismos patogênicos. A característica fundamental de todo sistema imunológico é a sua capacidade de distinguir e eliminar partes de um corpo estranho, como bactérias, vírus, e até mesmo células cancerígenas. Quando nos ferimos com uma pequena lasca de madeira, por exemplo, o nosso sistema imunológico também ativa as células brancas fagocitárias conhecidas como macrófagos. Os monócitos, originários da medula óssea, ao penetrarem em alguns órgãos se transformam em macrófagos, com a finalidade de proteção através da fagocitose. Estas células engolfam e destroem os possíveis micróbios invasores, produzindo proteínas que ativam outras partes do sistema imunológico, além de alertar outros fagócitos. Esta é a chamada imunidade natural, presente em todos os animais.


b) Outro componente do sistema imunológico, presente apenas nos vertebrados, é a chamada imunidade adquirida, formada por leucócitos especializados, os linfócitos B e T, que se tornam ativos e se multiplicam ao encontrarem moléculas específicas de organismos estranhos chamadas antígenos. Os linfócitos T4 são os encarregados da defesa primária do organismo, detectando os agentes invasores. Os linfócitos B se dedicam à fabricação de armas específicas para a defesa, chamadas anticorpos. Mas, essas células (os linfócitos B), só fabricam anticorpos quando recebem "mensagens" químicas dos linfócitos T4. Os linfócitos T4 são uma das primeiras e mais importantes respostas imunológicas do organismo. Têm mais de 100 milhões de receptores em sua superfície e a função de reconhecer os antígenos ou corpos estranhos que penetram em nosso organismo. Ou seja, sua função básica é reconhecer antígenos e decodificá-los - por exemplo, saber de que tipo é, se é um vírus, uma bactéria, um fungo; se o vírus é de gripe, hepatite ou aids. Cada um dos 100 bilhões de linfócitos B, secreta um anticorpo (proteína de defesa) que se liga a um antígeno específico, ajudando a eliminá-lo. Já os linfócitos T podem reconhecer e eliminar células que carregam moléculas indesejáveis na sua superfície, por exemplo, bem como ajudar os linfócitos B a produzir anticorpos.

409. (a) São considerados “unidades móveis” porque, a partir de sua produção pela medula óssea e pelos linfonodos (ou órgãos linfogênicos), essas células transitam no sangue, na linfa, podendo ir aos tecidos, quando necessário (no câncer, por ex.).
(b) Especificidade- capacidade que o sistema imunológico apresenta de reconhecer e eliminar
substâncias estranhas ao organismo (antígenos) através da produção de anticorpos (ou
imunoglobulinas Ig);
Memória- capacidade que tem o sistema imunológico de reconhecer novamente um mesmo antígeno e reagir a ele, produzindo um grande número de anticorpos específicos.
(c) Linfócito T auxiliar ou CD4; Linfócito T citotóxico ou CD8.

410. A imunidade natural ou inata é constituída pelas barreiras defensivas orgânicas: a pele, barreira protetora contra lesões físico-químicas e entrada de microorganismos; as barreiras químicas dos epitélios e mucosas; o suco gástrico ácido; os polipeptídeos que reagem e inativam certos tipos de bactérias Gram positivas (como os estreptococos e estafilococos); as enzimas antimicrobianas como a lisozima; fatores quimiotácticos que orientam a migração dos polimorfonucleares (como os neutrófilos, que produzem defensinas), monócitos e outras células; interferons; outras proteínas de resposta da fase aguda como a PCR; a imunidade celular propriamente dita, com a fagocitose, o sistema do complemento, as células NK (natural killer) e os linfócitos T. As células imunes – os linfócitos - se originam na Medula óssea e saem na forma de pré-T e B para o sangue.
Os linfócitos ou células B, originam os plasmócitos, que fabricam os anticorpos que lutam contra as substâncias estranhas ao organismo. As células T, são importantes porque migram ao timo e são "educadas" a distinguir o produzido pelo organismo do estranho ao mesmo. As células T são subdivididas em T auxiliares ou T suppressoras, que ajudam ou suprimem as células B a fazer anticorpos, ou células T citotóxicas, que ajudam a matar vírus e tumores. As células "assassinas" naturais são também linfócitos e, similarmente às células T citotóxicas, matam células tumorais e estão envolvidas na regulação do sistema imune (a chamada imunorregulação).
As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são responsáveis pelo transporte de O2 e CO2.
Qualquer processo de crescimento celular desordenado que resulte na invasão e destruição do tecido envolvente saudável por células anormais é considerado como cancerígeno. Células cancerígenas surgem a partir de células normais cujas características foram alteradas de maneira permanente. Elas multiplicam-se mais rápido do que células normais (formando aglomerados chamados de tumores) e não parecem responder corretamente ao controle nervoso ou hormonal. Elas podem espalhar-se via corrente sangüínea ou sistema linfático e invadir outras partes do corpo onde podem produzir novos tumores (metástases). As Células NK (natural killer) são células encontradas na circulação periférica e no útero e que apresentam como característica induzir a morte celular quando ativadas. A morte da célula alvo se dá pela indução da apoptose. Representam 10% dos glóbulos brancos e são consideradas a linha de frente da defesa orgânica contra o câncer e células infectadas por vírus. São capazes de reconhecer e se agrupar às células do tumor e destruí-las no espaço de cinco minutos. Após separarem-se das células mortas, as células NK reconhecem novas células do tumor e se combinam, repetindo o ciclo.

411. E. Estão erradas as afirmativas II e IV:
II. Os anticorpos são proteínas do sistema imunitário sendo, também, designados de Imunoglobulinas (Ig). Existem na superfície das células B (receptores de células B) e em circulação (circulantes). Os anticorpos circulantes são produzidos pelos plasmócitos.
Os macrófagos têm um papel central na resposta inicial à infecção antes da ação da imunidade medida pelas células T e B. Os macrófagos agem como células processadoras e apresentadoras de antígenos e finalmente, quando as células T respondem ao antígeno e liberam linfocinas, estas agem nos macrófagos causando sua ativação. Os macrófagos ativados são células do conjuntivo que apresentam grande capacidade fagocitária. Os macrófagos têm papel importante na remoção de restos de células e outros elementos, e quando corpos de grandes dimensões penetram no corpo, vários macrófagos se fundem formando uma célula enorme, chamada célula gigante do corpo estranho. Os macrófagos se originam de células do sangue conhecidas como monócitos, após a penetração destes no tecido conjuntivo.
O choque anafilático é uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância causadora de alergia, chamada de alérgeno. Alguns exemplos são a penicilina e picada por abelha. O termo "choque anafilático" é empregado no meio médico para indicar a manifestação culminante dessa reação de hipersensibilidade (anafilaxia). A patogenia para essa reação é explicada do seguinte modo: anticorpos do tipo IgE já produzidos contra o antígeno são estimulados por ele a se prender na membrana plasmática dos mastócitos, o que provoca a liberação de mediadores químicos produzidos por essa célula (histamina, heparina e fator quimiotático para neutrófilos). Esses mediadores atuam diretamente na parede vascular, promovendo um aumento da permeabilidade e intensa exsudação plasmática, o que leva a edemas generalizados (pálpebras, lábios, pavilhão auricular, conduto auditivo externo). Instaura-se, assim, um quadro de hipotensão grave, com falência da circulação periférica. Manifestam-se também dificuldade respiratória, devido ao espasmo da musculatura bronquial e do edema que se desenvolve na mucosa brônquica e na glote. Prurido cutâneo generalizado oriundo dos altos graus de liberação de histamina também está presente. O choque anafilático acontece através da liberação maciça de histamina no organismo, causando vasodilatação generalizada e queda acentuada da pressão arterial, que pode levar à morte em poucos minutos. Freqüentemente há edema da laringe, o que dificulta a passagem de ar e causa asfixia.
IV. Os osteoblastos são as células embrionárias enquanto os osteócitos são as células já diferenciadas, especializadas. Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. Destas lacunas formam-se canalículos que se dirigem para outras lacunas, tornando assim a difusão de nutrientes possível graças à comunicação entre os osteócitos. Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea. Os ossos são continuamente renovados e modificados. Os osteoblastos são as células ósseas responsáveis pela síntese das matrizes. À medida que vão sintetizando as proteínas, os osteoblastos ficam envoltos por elas e terminam por ocupar pequenas cavidades no interior da trabécula. A partir deste ponto passam a chamar-se osteócitos. Os osteoclastos destroem o osso já formado. A massa óssea está em constante equilíbrio entre formação e reabsorção. Durante o crescimento das crianças a atividade dos osteoblastos é mais alta que a atividade dos osteoclastos, resultando num ganho de massa óssea. Entretanto, em algumas pessoas, a atividade dos osteoclastos é mais alta que a dos osteoblastos. Nestes casos existe uma perda de massa óssea. A imobilização do corpo, por exemplo, causa uma desaceleração da atividade dos osteoblastos e uma aceleração da atividade dos osteoclastos.

412. A placenta não é considerada por muitos autores como anexo embrionário já que tem uma parte materna e outra fetal. É uma estrutura de origem mista, exclusiva da maioria dos mamíferos. Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal. Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo hormônios, além de substâncias de defesa, nutrição, respiração e excreção. Forma a barreira hemato - placentária e faz com que o sangue da mãe nunca se misture ao sangue fetal porque os vasos sanguíneos de ambos não são contíguos, ou seja, não se encontram. Isto gera uma barreira natural que impede a passagem de algumas substâncias principalmente as de maior peso molecular.
O leite materno apresenta substâncias antiinfecciosas chamadas imunoglobulinas e é o complemento ideal para as deficiências imunológicas da criança nos primeiros anos de vida.
A prolactina (LTH) atua sobre as glândulas mamárias, estimulando seu crescimento e a produção de leite. Esse hormônio é produzido durante a gravidez e, após parto, durante a amamentação. A continuidade de sua produção depende de estímulos nervosos produzidos pela sucção da mama. A prolactina, ou hormônio lactogênico é uma glicoproteina secretada pelas células mamotróficas da adeno-hipófise, presentes tanto no sexo masculino como no sexo feminino, sendo mais numerosas nas mulheres. A prolactina atuando em sinergismo com a progesterona e o estrógeno promove o crescimento e funcionamento das glândulas mamárias.
Mulheres Rh- (rr) que se casam com homens Rh+ (RR ou Rr) podem dar origem a crianças Rh+. Como existe a possibilidade do sangue materno ser transferido para o feto, em razão de um defeito na placenta ou hemorragias durante a gestação e parto, há possibilidades de se formar, no organismo materno, o anti-Rh. As crianças de partos subseqüentes, do grupo Rh+, podem apresentar sérios problemas. Os anticorpos produzidos na gestação anterior poderão atingir o sangue do feto e provocar a destruição de suas hemácias.

413. A) Porque o soro antiofídico já apresenta os anticorpos apropriados prontos, produzidos em outro animal. Quando administrado logo após a picada, atingem rapidamente níveis elevados no sangue, neutralizando prontamente a toxina da serpente. No entanto, esses níveis também caem rapidamente, como mostrado no gráfico 1. Por essa razão, nos casos mais graves, a aplicação deve ser repetida até que toda a toxina inoculada seja neutralizada.
B) O feto deve ser capaz de produzir fator Rh, ou seja, ser Rh+. Como a produção inicial de anticorpos pela mãe Rh- contra o fator Rh fetal é pequena, esses anticorpos não chegarão a transpor com eficiência, na primeira gestação, a barreira placentária que separa a circulação materna da fetal.

414. C. As vacinas, com função preventiva, contêm agentes infecciosos inativados ou seus produtos, toxinas, que induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando que ela venha a contrair uma determinada doença. Isso se dá através de um mecanismo orgânico chamado "memória celular". Toda a vacina destina-se a estimular o sistema imunológico para dar-lhe condições de defender o organismo contra o agente causador da doença. Os microorganismos patogênicos são mortos ou atenuados, tornando-se incapazes de provocar a doença propriamente dita. No entanto, eles ainda contém os antígenos, proteínas que ao serem introduzidas no organismo levam a produção de anticorpos específicos, conduzindo à imunidade contra aquele aguente patogênico. Dessa forma, ao ser defrontado com a doença, o organismo não apresentará sinais clínicos da mesma, ou os terá apenas de maneira muito atenuada.

415. E. Um soro é formado por um concentrado de anticorpos, produzidos em outro animal, que será administrado a um paciente que necessitar de uma ação curativa. A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (venenos ou toxinas). Entretanto, qualquer substância estranha ao nosso organismo é reconhecida pelo sistema imunológico como "não própria". Quando uma macromolécula estranha ("não própria") penetra no organismo, age como antígeno e estimula o sistema imune. A formação de anticorpos ou de linfócitos sensibilizados induzida por antígenos, a resposta imune, associada ao antígeno resulta numa reação imune. Até 75% dos pacientes que recebem algum soro antiofídico, e quase 100% dos pacientes que recebem 70ml ou mais, desenvolvem a doença do soro. Esta é uma reação de natureza imune que manifesta-se, geralmente, após um período de incubação de 7 a 24 dias, com febre, adenopatia, dores articulares e musculares, e erupção eritematosa ou urticariforme. A síndrome descrita é geralmente observada nos indivíduos que recebem pela primeira vez uma aplicação de soro. Nos indivíduos reinjetados, ou seja, naqueles que já receberam soro 12 dias a 4 meses antes, desenvolve-se uma forma acelerada da doença, cujo período de incubação é de apenas 2 a 6 dias.
Revisando, o organismo imunizado com o soro reconhece os próprios anticorpos do soro como uma substância estranha e passa a produzir anticorpos específicos contra eles. Devemos evitar tomar o mesmo soro duas vezes, pois a segunda injeção pode desencadear uma reação imunitária contra o próprio soro, com prejuízos a saúde.

416. C. Um soro é formado por um concentrado de anticorpos, produzidos em outro animal, que será administrado a um paciente que necessitar de uma ação curativa. A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (peçonhas, venenos ou toxinas). A peçonha liofilizada (antígeno) é diluída e injetada no cavalo, em doses de concentração crescente. Esse processo leva 40 dias e é chamado hiperimunização. A hiperimunização para a obtenção do soro é realizada em cavalos desde o começo do século passado porque são animais de grande porte. Assim, produzem uma volumosa quantidade de plasma com anticorpos para o processamento industrial de soro para atender à demanda nacional, sem que eles sejam prejudicados no processo. Há um acompanhamento médico-veterinário destes cavalos, além de receberem uma alimentação ricamente balanceada. No Brasil são produzidos os seguintes soros para acidentes com serpentes:
Antibotrópico, para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara (gênero Bothrops).
Anticrotálico para acidentes com cascavel (gênero Crotalus).
Antilaquético para acidentes com surucucu (gênero Lachesis).
Antielapídico é uma solução de imunoglobulinas específicas purificadas, obtidas de soro de eqüinos hiperimunizados com peçonhas de serpentes do gênero Micrurus (corais verdadeiras).
Antibotrópico-laquético, para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu.


417. B. Quanto maior a variedade de doenças às quais um indivíduo está exposto, maior será a quantidade de imunoglobulinas (anticorpos) presentes em seu sangue. As imunoglobulinas são produzidas pelos plasmócitos que são linfócitos B especializados. As imunoglobulinas são classificadas em cinco classes:
As IgG, 70 a 80% dos anticorpos, manifestam-se na presença de vírus, toxinas e bactérias (especialmente Gram+) e atravessam a placenta, conferindo ao recém-nascido imunidade passiva. Caracterizam a resposta imunitária secundária.
As IgM, 5 a 10%, evidenciam-se na presença de bactérias Gram– . Atuam sobretudo como aglutinantes e fixam o complemento. São os primeiros anticorpos a aparecer numa resposta imunitária humoral, por ser a primeira molécula a surgir na evolução filogenética.
As IgA, 10 a 20%, “secretoras”, são associados às mucosas, atuando como um revestimento antisséptico. No intestino são transportadas pelas células plasmáticas das criptas das vilosidades até ao lúmen (por transcitose, uma forma de transporte celular); quando atingem a superfície luminal do enterócito (célula intestinal), são libertadas nas secreções. As IgA (e também as IgM) ligam-se à camada de muco que forra o epitélio intestinal, onde podem ligar e neutralizar agentes patogênicos e seus produtos tóxicos.
As IgD, menos de 1%, são marcadores de diferenciação dos plasmócitos B para a síntese de anticorpos.
As IgE, as mais raras, a não ser quando existe um componente alérgico. Têm uma propensão especial para aderir aos mastócitos e basófilos, induzindo a sua desgranulação e conseqüente libertação de mediadores alérgicos vaso-ativos (com ação celular), como a histamina, bradiquinina, serotonina, heparina, SRS-A e vários enzimas lisosomiais, ou seja, provenientes de organóides intracelulares.

418. A. Quanto maior a variedade de doenças às quais um indivíduo está exposto, maior será a quantidade de imunoglobulinas (anticorpos) presentes em seu sangue. As imunoglobulinas são produzidas pelos plasmócitos que são linfócitos B especializados. As imunoglobulinas são classificadas em cinco classes:
As IgG, 70 a 80% dos anticorpos, manifestam-se na presença de vírus, toxinas e bactérias (especialmente Gram+) e atravessam a placenta, conferindo ao recém-nascido imunidade passiva. Caracterizam a resposta imunitária secundária.
As IgM, 5 a 10%, evidenciam-se na presença de bactérias Gram– . Atuam sobretudo como aglutinantes e fixam o complemento. São os primeiros anticorpos a aparecer numa resposta imunitária humoral, por ser a primeira molécula a surgir na evolução filogenética.
As IgA, 10 a 20%, “secretoras”, são associados às mucosas, atuando como um revestimento antisséptico. No intestino são transportadas pelas células plasmáticas das criptas das vilosidades até ao lúmen (por transcitose, uma forma de transporte celular); quando atingem a superfície luminal do enterócito (célula intestinal), são libertadas nas secreções. As IgA (e também as IgM) ligam-se à camada de muco que forra o epitélio intestinal, onde podem ligar e neutralizar agentes patogênicos e seus produtos tóxicos.
As IgD, menos de 1%, são marcadores de diferenciação dos plasmócitos B para a síntese de anticorpos.
As IgE, as mais raras, a não ser quando existe um componente alérgico. Têm uma propensão especial para aderir aos mastócitos e basófilos, induzindo a sua desgranulação e conseqüente libertação de mediadores alérgicos vaso-ativos (com ação celular), como a histamina, bradiquinina, serotonina, heparina, SRS-A e vários enzimas lisosomiais, ou seja, provenientes de organóides intracelulares.

419. B. As imunoglobulinas são constituídas por quatro cadeias protéicas, duas pesadas – H (heavy) e duas leves – L (light); estas quatro cadeias polipeptídicas, ligadas por pontes dissulfídricas (-S-S-) formam uma molécula simétrica com aspecto de Y e possuem uma região variável (Fab), que é específica para cada anticorpo, e uma região constante que é a mesma em muitas moléculas de anticorpos. A região variável, determina as propriedades do local de combinação do anticorpo, enquanto que a parte constante da cadeia pesada (Fc) determina outras propriedades relacionadas com a eliminação do antígeno.


Os anticorpos são, portanto, produzidos por linfócitos B diferenciados, cada um produzindo apenas um tipo de anticorpo. Porém, durante a sua existência, a mutação somática pode produzir mudanças adicionais nas regiões variáveis (V), introduzindo ajustamentos específicos na afinidade de um anticorpo para o seu antígeno. Durante este processo de diferenciação, uma das regiões V liga-se, ao nível do DNA, com um gene do grupo D (diversidade) e J (joining = união), formando um conjunto de três genes, que produz a porção variável da cadeia pesada de uma molécula de anticorpo. Esta redistribuição dos genes das imunoglobulinas permite bihões de combinações, para idêntico número de antígenos que possam surgir.

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